terça-feira, 27 de agosto de 2013

Cena # 63 - A Agenda do Papalagui...

Nesta fase da vida, levo uma existência calma: Bora Bora, mas,
Naquela segunda, a agenda do homem branco estava já caótica:


Devia entregar o Tomás em Lisboa, às oito e meia e o Vasco e o Simão, ainda antes(,) que a escola abra,
Juntas, às 9 e a dois, em Almada, reavaliações depois,
Consultas, em Setúbal, às treze,

Pelo meio, a Casa dos Professores e, às quinze, juntas no Barreiro e os recursos que juntaram,
Consulta de Traumatologia, em Almada, às 18 e vinte e tal miúdos e mais o vólei, no pavilhão de Sesimbra, até às tantas e
Às tantas, prometera, só não sabia se e quando, fazer dois domicílios...


Acordei com pressa, dei corda e banha aos sapatos: o banho de véspera fosse providencial, falta vestir, lavar a cara e o resto se verá, o pequeno-almoço, pois claro, Isto faz-se!, mas não é como limpar o rabo a meninos porque o Simão fez das su(j)as, e já entornara o leite e o caldo antes, o Tomás recusou acordar e o Vasco acordou com ele fazer o mesmo!

Questionei o Criador: se mãe é só uma e pai até pode ser um qualquer, porquê eu?,
Enfiei a malta no carro, nas cadeiras trocadas e quero lá saber, está certo: às oito e meia, o Tomás subia as escadas do infantário,

À pressão, a pressão, incomoda-o,
- Pai, estás com pressa?, É verdade que ganhas dinheiro a falar com as pessoas?!


É: o resto é conversa!

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