- Claro, mãe, amanhã espero-te no cais.
Sábado, pelas nove e trinta, já a aguardava, em Troia.
- Jantas connosco?
- Não, retorno às seis e trinta, ainda tomo um bom banho e preparo o jantar.
Os miúdos adoram-na, distribui alegria e contos. Desconheço como, em meia dúzia de horas, cabe tanta bondade e elogio!
- Amanhã, fico convosco até mais tarde na praia, meus queridos!
Domingo, uma prendinha para cada:
- É só um miminho, um continho, o chupa vem na embalagem, nem pedi...
Sabem o que vi, ontem, à ida, no catamaran? Os golfinhos, vinham do lado da Caldeira...
O dia acordou e seguiu ventoso, às dezassete já a praia era impossível, de tanta alfinetada nas pernas. Lanchou connosco.
- Assim sendo, apanho o barco de ontem.
A meio da semana, convidámo-nos para jantar em sua casa, encomendo o frango para as oito se não for como da outra vez que o rapaz das pizzas caiu e apareceu todo rasgado...
Sobremesas, muitas, vêm os netos... Conversávamos e já bebíamos o café que, até ali, sabe melhor... Lembrou-se:
- No domingo, toda aquela gente saiu da praia mais cedo. Por isso, o barco saiu cinco minutos atrasado e já os roazes-corvineiros, ou, lá, como tu lhes chamas, iam do outro lado, quase junto à Ponta do Adoche, de modo que já percebi:
- Passam, todos os dias, por ali, mais ou menos às vinte para as sete!
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