sábado, 12 de janeiro de 2019

Cena # 1991 - Amigos, Amigos. Negócios



Aparte: conheci-o de pequeno, sinecurista e inventor de quimeras, chave de parafusos nos dedos macrófagos para surripiar os piscas e os logotipos dos carros semiabandonados
(descobri, há pouco, que o meu irmão também os colecionava)

A., de artista, trocava as voltas, o sítio às coisas e os lês pelos us. Ao seu lado o P., frieirão, lázaro e gago, insistia nos quês. Eram inseparáveis no e do furto, não desse para a maria da fonte em que não se hesitavam em abandonar o amigo à comida de urso: amigos, amigos, negócios à parte, unia-os a glutonaria pelo alheio.

Farras e copos, acordaram embesoirados e remelados. Dirigiram-se à drogaria, a pretexto de qualquer coisa que obrigasse o empregado a deslocar-se ao interior da loja.
O P., filho da Paula, avançou,
- Que-que-que-qué-ro u-u-u-ma fo-fo-fo-lha de li-li-li-xa...
O empregado sorriu, debruçou-se e largou os braços no balcão.

O A., ventre marsúpio com os bolsos cheios na frente da camisola, regougou impaciente,
- Ouxa uá, eue quéue uma fuinha de uícha!!



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